
Um importante passo para a preservação do maior acervo histórico e científico das comunicações no Brasil foi dado nesta quarta, 12. Um convênio assinado entre Sara Crosman, presidente do instituto Oi Futuro, e Celso Pansera, presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), garantiu recursos para o projeto “Preservação e difusão da história e do futuro das tecnologias de comunicação no Brasil: do século XX à inteligência artificial” do Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades. Fruto do edital inédito “Identidade Brasil – Recuperação e Preservação de Acervos”, realizado conjuntamente pela Finep em parceria com o Ministério da Cultura e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o programa prevê um aporte de mais de R$ 6 milhões visando a preservação, pesquisa e democratização de acesso ao acervo do museu.
“O governo federal, através do edital de acervos 2024, busca preservar a memória cultural e o conhecimento nacional. Esses recursos são necessários para garantir a proteção de patrimônios, que contam a história do país e sustentam a pesquisa científica, e promover o acesso público a esses acervos, fortalecendo a educação e a identidade coletiva”, disse Celso Pansera, presidente da Finep.
Com implementação prevista em etapas pelos próximos três anos, o projeto vai permitir a conservação e a difusão do acervo formado por mais de 130 mil itens dos séculos XX, entre equipamentos de telefonia, listas telefônicas, fotografias e documentos de inestimável valor histórico. Localizado dentro do centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, o espaço é uma evolução do Museu do Telephone, de 1981, e do Museu das Telecomunicações, de 2007.
Em 2020, o museu teve suas instalações totalmente remodeladas para abraçar uma nova identidade e proposta conceitual, contando a história do desenvolvimento tecnológico das comunicações pela ótica das relações humanas. Em um mundo cada vez mais conectado e automatizado, com a inteligência artificial e novas tecnologias surgindo em ritmos cada vez mais velozes, o espaço visa levantar reflexões e debates pelo viés ético e humano, buscando ampliar a consciência coletiva sobre as potencialidades e as implicações das novas tecnologias de comunicação e informação.
“O instituto Oi Futuro acredita que, para entender quem somos, precisamos também saber de onde viemos. O Musehum mantém simultaneamente um olhar para o passado, por meio da pesquisa sobre os diversos objetos históricos da sua Reserva Técnica, mas também para os fenômenos contemporâneos da tecnologia, que cada vez mais impactam a sociedade e levantam questões sobre o que está por vir. Desta forma, o Musehum tem o objetivo de não apenas preservar a memória das comunicações, mas também refletir sobre como as inovações impactam as relações humanas e moldam o futuro”, afirma Sara Crosman, presidente do Instituto Oi Futuro.