Vastidão, coletividade e impacto: ‘Simbiose’ faz imersão no mundo dos fungos

“Falar de fungos é abordar a coletividade, a conexão em redes, a transformação na natureza e pela natureza. Estamos entrelaçados, assim como os fungos em suas redes miceliais”. A fala do curador Eduardo Carvalho poderia até ser sobre The Last of Us, série produzida pela HBO que é recente sucesso mundial, mas a pauta aqui é outra experiência cultural: estamos falando da exposição Simbiose – A conexão pelos fungos, que estreia no nosso Centro Cultural no dia 9 de fevereiro e se estende até 26 de março.

Com criação da Deeplab Project – estúdio que integra design e tecnologia para criar experiências – a mostra traz de maneira lúdica a surpreendente e pouco conhecida imensidão do universo dos fungos.

Logo na chegada, os visitantes encontram um vídeo manifesto narrado pelo ator Eriberto Leão. Em seguida, a mostra apresenta dois grandes temas: “O que fazem os fungos” e “O que fazemos com o fungo”. O primeiro traz uma projeção mapeada de 8 metros de extensão. Com uso de imagens reais de crescimento fúngico, sons e cores que remetem à diversidade de espécies existentes, o visitante vai desvendando um pouco dessa complexa rede que funciona como um biocomputador, uma imensa internet que codifica dados orgânicos.

Ao final da projeção, as luzes guiam o visitante à instalação central, a Árvore da Conexão entre Natureza e Mente, que apresenta uma espécie de dança de luzes em alusão à rede de comunicação fúngica, do solo para o todo. As luzes remetem também às sinapses, em referência à revolução científica que tem descoberto a função terapêutica dos cogumelos para o tratamento de doenças como a ansiedade e a depressão.

A segunda temática traz informações sobre as pesquisas relacionadas ao uso terapêutico dos fungos e seu diálogo com os saberes tradicionais indígenas com a descoberta da psilocibina, principal componente dos cogumelos psicoativos. Embora ainda haja um caminho longo a ser percorrido, ensaios clínicos recentes mostram que o uso da substância é capaz de aliviar depressão e ansiedade graves, demonstrando o imenso potencial que esse universo oferece à humanidade.

“Simbiose é um pequeno recorte sobre essa vastidão que é o universo dos fungos. Ao produzirmos conteúdos como o apresentado na mostra, reforçamos nossa missão sobre o uso do digital do analógico para entreter e compartilhar conhecimento, abordando temas ligados à ciência e ao meio ambiente”, afirma o sócio-diretor da Deeplab Felipe Reif.

Venha conhecer e se impressionar com o universo dos fungos!

Local: Centro Cultural Oi Futuro

Onde: Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro

Quando: De 9 de fevereiro a 26 de março, de quarta a domingo, das 11h às 20h.

Entrada franca sem agendamento

Classificação: Livre

Principais Tags:

Compartilhe com o universo!

Leia também
Peça ‘Ideias para Adiar o Fim do Mundo’
Estação Educativa traz quiz e quebra-cabeças sobre exposição em cartaz no Futuros
Vem aí a nova instalação do Musehum
Humanity Summit: fórum global reúne líderes da sociedade para encontrar caminhos mais justos e sustentáveis
Exposição exalta o conhecimento produzido por mulheres brasileiras e internacionais
Mostra Firjan SESI 2024 chega ao Futuros com sete apresentações gratuitas